Sistema Único
de Saúde, um problema prático
Diogo L. Brandão
O texto abordará uma teoria para solucionar o problema do Caos que se instaurou na saúde pública brasileira através de uma medida simples de estratégia.
Palavras-chave: Demora para ser atendido, Problema do Sistema Único de Saúde, Arranjo Alveolar, Caos da Saúde.
1-
Introdução
O presente documento é uma
teoria simplificada sugerida para resolver o problema na saúde pública
brasileira mudando-se apenas a estratégia dos atendimentos. O documento
apresenta múltiplos trechos de várias obras literárias e de pesquisa publicadas
em livros e periódicos citadas nas fontes que finalizam o texto.
O texto abordará uma teoria
para solucionar o problema do Caos que se instaurou na saúde pública brasileira
através de uma medida simples usando o básico entendimento sobre a estruturação
matemática do desenvolvimento biológico para auto organizar múltiplos sistemas
encontradas na natureza.
2- A saúde brasileira?
De acordo com a pesquisa realizada entre 3 a 19 de novembro de 2010, em todos os Estados do país através do Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS), divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o maior problema do Sistema Único de Saúde (SUS) é a falta de médicos. Essa questão foi apontada por 58,1% dos entrevistados. Em segundo lugar ficou a "demora para ser atendido nos centros de saúde...”.
Em relação a "Falta de médicos" nos serviços
públicos
Em 2012, o governo federal gastou 44 % do Orçamento da União para
pagar juros da dívida pública, enquanto a Saúde recebeu apenas 4,17%. Eis a
explicação para as péssimas estruturas da rede de saúde e as condições
desfavoráveis para que os médicos optem pela carreira privada em detrimento da
pública: a falta de prioridade. (Leticia Hastenreiter, 2013)
Atualmente os serviços públicos de saúde no Brasil estão
trabalhando sobrecarregados de atendimentos, ao que se deve isso?
"A dificuldade no acesso e a ineficácia dos serviços
prestados na Atenção Primária têm contribuído cada vez mais para a superlotação
dos hospitais públicos, onde milhares de brasileiros padecem nas filas,
mendigando por uma simples consulta, um exame diagnóstico ou uma cirurgia
eletiva²".
O atravancamento nos serviços da Atenção Primária no país tem
feito o governo federal gastar cada vez mais com a população brasileira nos
setores da atenção secundária voltada para centros de especialidades Serviços
de apoio Diagnóstico Terapêutico SADT resolvendo 15% dos problemas e terciária
que está voltada ao assistencialismo Hospitalar resolvendo apenas 5% dos
problemas.
O Ministério da Saúde informou que os recursos destinados à rede
pública mais que triplicaram nos últimos 11 anos, passando de R$ 27,2 bilhões
em 2003 para R$ 91,6 bilhões em 2014 (Griesinger, 2014).
A saúde é um dos principais setores da economia do país. Dessa
forma, suas ineficiências representam um considerável desperdício no consumo de
recursos financeiros nacionais. A OMS estima que os desperdícios correspondam a
algo entre 20% e 40% de todos os gastos com a saúde (Pedroso e Malik, 2011).
Outro fator agravante a esta “crise na saúde” se deve ao
envelhecimento da população brasileira, representando cerca de 15% ou seja 40
milhões pessoas (IBGE, 2004) e o estilo de vida, tem levado a um aumento na
procura dos serviços de saúde. Segundo dados (IBGE, 2010) 59,5 milhões de
pessoas afirmam ter pelo menos uma doença crônica, existe atribuída a elas uma
forte ligação ao estilo de vida sendo elas: tabagismo, sedentarismo, sobrepeso,
alcoolismo, drogas, alimentação inadequada e entre outros fatores de riscos. Ainda assim, mesmo que a pessoa portadora de algum problema de saúde faça suas
visitas periódicas com o seu médico, ela ainda, em sua grande maioria,
enfrentará problemas para conseguir controlar seu desequilíbrio orgânico,
“entre 60% a 65% dos portadores de hipertensão arterial, hipercolesterolemia e
diabetes não estão controlados” (ROUMIE et al., 2006), isto se deve ao
intervalo muito extenso de tempo que leva entre uma consulta e outra, fazendo
com que a pessoa passe muito tempo sem acompanhamento médico.
A teoria que este documento oferece oportuniza resolver o problema
da alta demanda de pessoas, trazendo melhor qualidade de vida ao paciente, o
que melhorará na prevenção e evolução das doenças do paciente.
Na prática os problemas na saúde brasileira são variados e aqui iremos focar a mudança apenas nas estratégias do funcionamento da unidade de atenção primaria de saúde apenas re-arranjando o fluxo de atendimento das unidades. Este re-arranjo denominaremos "Arranjo Alveolar" em homenagem aos pulmões, que possui uma intrincada e ramificada estrutura, responsável por efetuar as trocas gasosas, fornecendo ao organismo substrato energético essencial para a manutenção da vida. Foi assim pensado pois é a melhor forma que a natureza durante vários milhões de anos evolutivos encontrou para organizar, absorver, distribuir e fornecer energia no meio ambiente em quantidades suficientes para diversos graus e dimensões de sistemas. O arranjo dos alvéolos pulmonares pode ser encontrado em diversas outras estruturas naturais com funções e formações diferentes porem atendendo o mesmo propósito.
Na prática os problemas na saúde brasileira são variados e aqui iremos focar a mudança apenas nas estratégias do funcionamento da unidade de atenção primaria de saúde apenas re-arranjando o fluxo de atendimento das unidades. Este re-arranjo denominaremos "Arranjo Alveolar" em homenagem aos pulmões, que possui uma intrincada e ramificada estrutura, responsável por efetuar as trocas gasosas, fornecendo ao organismo substrato energético essencial para a manutenção da vida. Foi assim pensado pois é a melhor forma que a natureza durante vários milhões de anos evolutivos encontrou para organizar, absorver, distribuir e fornecer energia no meio ambiente em quantidades suficientes para diversos graus e dimensões de sistemas. O arranjo dos alvéolos pulmonares pode ser encontrado em diversas outras estruturas naturais com funções e formações diferentes porem atendendo o mesmo propósito.
Em relação ás comorbidades crônicas a mais frequente na atenção
primaria de saúde são Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), Diabetes Mellitus
tipo 2 (DM), Obesidade e Dislipidemia (DLP).
Entre
essas doenças, as cardiovasculares constituem a grande maioria delas, sendo a
hipertensão arterial sistêmica (HAS) a mais prevalente, aumentando
progressivamente com a idade (PASSOS; ASSIS; BARRETO, 2006). A HAS apresenta-se
como um dos problemas de saúde de maior prevalência na atualidade e, em
especial, nos mais idosos (ZAITUNE et al., 2006).
Diabetes
melittus (DM) e hipertensão arterial (HA) atingem, respectivamente, 6,3% e
23,3% dos adultos brasileiros (BRASIL, 2011d). No Brasil, essas doenças
representam a primeira causa de mortalidade e de hospitalizações, sendo
apontadas como responsáveis por mais da metade dos diagnósticos primários em
pessoas com insuficiência renal crônica submetidas à dialise no Sistema Único
de Saúde (SUS) brasileiro (OPAS,2010).
O DM
vem aumentando sua importância pela sua crescente prevalência e habitualmente
está associado à dislipidemia, à hipertensão arterial e à disfunção endotelial.
A prevalência de DM nos países da América Central e do Sul foi estimada em 26,4
milhões de pessoas e projetada para 40 milhões, em 2030.
Dados
recentes do Ministério da Saúde (BRASIL, 2011d) apontam que 52,6% dos homens e
44,7% das mulheres com mais de 18 anos estão acima do peso ideal. A Organização
Mundial da Saúde (WHO, 2003) estimou que o excesso de peso é responsável por
58% da carga de doença relativa ao diabetes tipo II, 39% da doença
hipertensiva, 21% do infarto do miocárdio, 12% do câncer de cólon e reto 7 e 8%
do câncer de mama e responde diretamente por parcela significativa do custo do sistema
de saúde nos países.
A grande maioria dos pacientes que abastecem a atenção primária na
saúde são portadores destas comorbidades crônicas e realizam consultas
periódicas para a manutenção e prevenção do agravo da doença.
2.1 – O Arranjo Alveolar
O Arranjo Alveolar significa transformar e priorizar as consultas médicas individual em consultas coletivas, ou seja em grupos com determinadas quantidades de pacientes divididos por tipos de comorbidades crônicas.
O Arranjo Alveolar significa transformar e priorizar as consultas médicas individual em consultas coletivas, ou seja em grupos com determinadas quantidades de pacientes divididos por tipos de comorbidades crônicas.
A consulta médica está atualmente padronizada e priorizando há
muito tempo no privativo sendo que desta forma, nas conjecturas atuais da saúde
pública brasileira, ocupa muito tempo desperdiçando-o e contribuindo para o
agravo do caos do problema na saúde. Assim sendo teremos que pensar em
estratégias mais incisivas fazendo com que as unidades de saúde ditem as regras
de funcionamento para a população e não ao contrario e que vem ocorrendo na
atualidade, devido ao individualismo das consultas os pacientes pensam em
resolver seus próprios problemas sendo que na maioria das vezes é o mesmo para
as outras que irão se consultar com o médico naquele dia de agendamento. As
consultas individuais continuarão existindo porém as atividades em grupos deverão
ser a prioridade do momento fazendo com que o acompanhamento e tratamento das
doenças nas unidades consigam acomodar e se estender para maiores quantidades
de pessoas utilizando melhor o tempo nas unidades de saúde, diminuindo o tempo
de espera para as consultas e fazendo com que os pacientes sejam assistidos com
mais frequência.
Fig a.: Na imagem mostra como seria o Arranjo Alveolar na prática.
2.3-
Conclusão
A situação atual em que se encontra a saúde pública no Brasil implica tomar estratégias diferentes das atuais com a finalidade de buscar resolutivas mais incisivas que permitam com que o Sistema Único de Saúde (SUS) consiga funcionar de forma adequada. Os problemas do SUS são variados, porém se estendermos os “leques” dos problemas será difícil de encontrar uma solução a curto prazo.
A situação atual em que se encontra a saúde pública no Brasil implica tomar estratégias diferentes das atuais com a finalidade de buscar resolutivas mais incisivas que permitam com que o Sistema Único de Saúde (SUS) consiga funcionar de forma adequada. Os problemas do SUS são variados, porém se estendermos os “leques” dos problemas será difícil de encontrar uma solução a curto prazo.
Uma das
principais queixas dos pacientes é o problema no tempo da demora para se
conseguir consultar com o médico e agravado pelo número crescente de pessoas
que necessitam de cuidados com a saúde, os problemas de saúde na grande maioria
da população que buscam os serviços de saúde pública são de determinados grupos
de doenças prevalentes como HAS, DLP, DM-2 e compartilham as mesmas similaridades
de acompanhamento, evolução e tratamento podendo os pacientes serem agrupados
em atendimentos coletivos de mesmas doenças onde se empregariam protocolos que
horizontariam os serviços oferecidos a estes doentes crônicos.
Estes
serviços de atendimentos em atenção primária modificados priorizará o coletivo
separando por grupos de doenças adquiridas, esta modificação recebe o nome de Arranjo
Alveolar onde a curto prazo multiplicaria os atendimentos de todas as Unidades
de Atenção Primária em Saúde sem necessitar de nenhum gasto da verba federal e
conseguiria fazer o acompanhamento mais frequência,
melhorando a qualidade de vida, diminuindo o número de hospitalizações, evitando
a progressão da doença atual e prevenindo de adquirir novos problemas de saúde.
3- Bibliografia:
3 PortalSaúde.saude.gov.br
4 Oabce.org.br
12 http://sindmepa.org.br/medicos-da-esf-pedem-mais-estrutura-e-isonomia-salarial/
13 GONCALVES, Rebeca
Jesumary; SOARES, Roberta de Almeida; TROLL, Thaís and CYRINO, Eliana Goldfarb.
Ser médico no PSF: formação acadêmica, perspectivas e trabalho cotidiano. Rev. bras.
educ. med. [online]. 2009, vol.33, n.3, pp. 382-392. ISSN 0100-5502.